Matemática, português, inglês, história e entender os próprios sentimentos e os do outro: se antigamente a educação socioemocional não era abordada ou se apresentava de maneira sutil. Atualmente, ela vem ganhando mais e mais espaço.
Nem sempre as escolas buscaram um modelo de formação integral. Muitas vezes o foco está nos “resultados”: aprovação em vestibular, em simulados e desafios. Tudo isso é fundamental, mas trabalhar aspectos como empatia, tolerância e compreensão de si mesmo também é muito importante.
Sendo assim, além da educação acadêmica e física, a educação socioemocional precisa assumir seu protagonismo na educação desde os primeiros momentos. Somente assim poderemos, de fato, oferecer uma formação completa.
O que é educação socioemocional na prática?
Entende-se por educação socioemocional o conjunto de conhecimentos compartilhados visando o desenvolvimento de habilidades sociais e emocionais dos estudantes dentro do ambiente escolar. De acordo com esse conceito, trabalham-se os seguintes fatores:
- autoconhecimento;
- criatividade;
- empatia;
- resiliência;
- pensamento crítico;
- colaboração;
- inteligência emocional.
No âmbito escolar, a educação socioemocional permeia todas as disciplinas, fazendo parte de atividades didáticas, sem que se torne uma matéria estudada de forma isolada. Dessa maneira, os educadores precisam incluir os princípios socioemocionais no planejamento de suas aulas.
Por que trabalhar a educação socioemocional?
Pense nos pontos em que a sociedade mais evoluiu nos últimos tempos. Praticamente todos eles têm a ver com o autoconhecimento, a autoaceitação e a empatia. Por isso, a educação socioemocional é indispensável para o fortalecimento e aprendizado dos espaços de fala e escuta.
Portanto, nos anos finais do Ensino Fundamental, os estudantes do Colégio Básico experimentam um contexto de desenvolvimento de habilidades que os ajudam a vivenciar novos desafios da adolescência, facilitando a relação interpessoal e intrapessoal.
O currículo para essa faixa etária é pautado no desenvolvimento de seis habilidades: pensamento crítico, perseverança, proatividade, colaboração, comunicação e criatividade.
Os objetivos desta área são:
- Compreender, valorizar e respeitar as manifestações culturais e filosofias de vida, bem como experiências e saberes, em diferentes tempos, espaços e territórios;
- reconhecer e cuidar de si, do outro, da coletividade e da natureza, enquanto expressão de valor da vida;
- conviver com a diversidade de crenças, pensamentos, convicções, modos de ser e viver;
- debater, problematizar e posicionar-se frente aos discursos e práticas de intolerância, discriminação e violência em qualquer âmbito cultural, de modo a assegurar os direitos humanos no constante exercício da cidadania e da cultura de paz;
- aprofundar as reflexões que envolvem os temas transversais indicados nos Parâmetros Curriculares Nacionais;
- possibilitar reflexões que ajudem os alunos a se tornarem capazes de eleger critérios de ação pautados na justiça, detectando e rejeitando a injustiça quando ela se fizer presente, assim como criar formas não-violentas de atuação nas diferentes situações da vida;
- discutir princípios da ética, solidariedade e convivência saudável em situações de interação com o outro nas variadas demandas sociais;
- possibilitar a compreensão do conceito de justiça baseado na equidade e sensibilizar-se pela necessidade da construção de uma sociedade justa;
- Dessa forma, levar os alunos a adotarem atitudes de respeito pelas diferenças entre as pessoas, respeito esse necessário ao convívio numa sociedade democrática e pluralista;
- levar os alunos a adotarem, no dia a dia, atitudes de solidariedade, cooperação e repúdio às injustiças e discriminações;
- possibilitar que os alunos compreendam a vida escolar como participação no espaço público, utilizando e aplicando os conhecimentos adquiridos na construção de uma sociedade democrática e solidária;
- valorizar e empregar o diálogo como forma de esclarecer conflitos e tomar decisões coletivas;
- ajudar os alunos construírem uma imagem positiva de si, o respeito próprio traduzido pela confiança em sua capacidade de escolher e realizar seu projeto de vida e pela legitimação das normas morais que garantam a todos essa realização;
- possibilitar que cada aluno possa assumir posições segundo seu próprio juízo de valor.
Por que a escola é tão importante nessa questão?
A responsabilidade pela formação completa da criança ou adolescente é feita de forma compartilhada entre as famílias e a escola. Enquanto esta estimula a reflexão a respeito dos acontecimentos que impactam a sociedade, os pais e responsáveis contribuem adicionando a isso todo o contexto social da família, suas visões e culturas particulares.
Os princípios da educação socioemocional são de extrema importância para que a convivência coletiva seja mais harmônica em qualquer ambiente. Desenvolver competências socioemocionais forma pessoas que lidam bem com as suas próprias emoções e que têm autonomia para tomar boas decisões que ajudem a construir uma sociedade mais justa e igualitária.
Como a educação socioemocional é trabalhada no Colégio Básico?
LIV – Laboratório Inteligência de Vida
O Básico conta com um programa que desenvolve o pilar socioemocional por meio de jogos, histórias e dinâmicas, buscando também desenvolver as habilidades do século XXI tão presentes no dia a dia dos estudantes. Dessa forma, transbordando o aprendizado para todos os âmbitos da vida dos alunos.
Princípios Pedagógicos e Objetivos Educacionais
Acreditamos em uma educação que prioriza a construção do conhecimento, por meio do desenvolvimento da capacidade de análise e síntese, desse modo, criando alternativas para solucionar problemas, utilizando o pensamento lógico, a criatividade e a intuição.
Dessa forma, é preciso manter uma dinâmica de ensino favorável não só às produções individuais, mas também à socialização dos estudantes por meio de atividades em grupo. Assim, são princípios fundamentais:
- estimular a autonomia;
- desenvolver o sentimento de segurança em relação às suas próprias capacidades;
- favorecer a interação de modo participativo em trabalhos de equipe;
- utilizar o diálogo como forma de mediar conflitos e de tomar decisões coletivas;
- fazer com que o aluno saiba utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos constantemente.
Conclusão
Já é unânime para os educadores a relevância do trabalho pedagógico focado nas competências socioemocionais. Sendo assim, ela não pode ser considerada algo separado do processo de ensino e aprendizagem, muito pelo contrário: cada dia sua importância deve ser transmitida e vivenciada por alunos, equipe e famílias. Somente assim será possível colher os frutos que ela tem o potencial de gerar.