Será que 2020, para a edução, é um ano perdido?…Em mais de 30 anos de Colégio Básico, nunca imaginamos viver uma Pandemia tão duradoura, nos levando a ministrar aulas online por meses. Sabemos que atualmente existem milhares de faculdades, pós graduações e cursos livres no modelo EAD. Mas Educação Básica e ensino remoto? “Impossível! isso nunca vai acontecer!”.
Mas a vida é uma caixinha de surpresas, não é mesmo? E o que pensamos que jamais aconteceria, está acontecendo!
Assim que as primeiras notícias sobre a suspensão das aulas presenciais começaram a surgir, as equipes de coordenação pedagógica, administrativa e toda a equipe de professores do Colégio Básico, iniciaram os planejamentos das aulas online. Como já utilizava-se alguns recursos tecnológico que nos possibilitam o ensino remoto, a equipe do Colégio Básico se sentiu amparada. Ainda assim, os desafios eram muitos, afinal, professores de Educação Infantil e Fundamental, não tinham em seus planejamentos ministrar aulas no modelo “cada um na sua casa”.
Diante deste cenário bastante novo e peculiar, e apesar de as aulas em muitas escolas seguirem com suas atividades pedagógicas, ouviu-se muito sobre um ano letivo perdido. Mas será mesmo que as crianças perderam o ano escolar de 2020?
É fato que a ocasião levou professores a ensinarem de uma forma diferente, e diferente não significa bom ou ruim, melhor ou pior. Significa apenas, diferente.
Pensando nisso, resolvemos mostrar que não, 2020 não é um ano perdido para a educação e acreditamos que estamos aprendendo muito! Mesmo com esse “novo jeito” de dar e assistir aulas. Para justificar, trouxemos a opinião de alguns especialistas.
Durante uma entrevista para o blog do Colégio Aleph (aqui), localizado no Perú, o diretor pedagógico León Trahtemberg destacou que, mesmo tendo um contato menor entre alunos e professores, as famílias “podem observar a maneira como os professores se relacionam com os alunos, os motivando, jogando, estimulando, gerenciando suas intervenções e relacionamentos interpessoais, regulando conflitos e estabelecendo limites”.
Trahtemberg fala ainda sobre a importância de rotinas e hábitos nesta idade:
“(Os hábitos) são construídos com base nas rotinas que emergem de agendamento para conectar-se, maneiras de sentar e focar em certas atividades comuns a todos, ser responsável de acordo com as instruções dadas, a regulamentação do tempo e a oportunidade de intervir quando estão em grupo com seus pares, e consequentemente, a construção da autonomia para regular seu comportamento, realizar suas atividades e resolver problemas”.
Já o professor Cleber Prodanov, em uma entrevista para o portal de notícias GaúchaZH (aqui) afirma que os novos meios de ministrar e assistir aulas trouxe para os alunos a oportunidade de uma participação ainda mais ativa nas aulas, garantindo autonomia e exigindo um maior comprometimento do estudante.
Ainda na mesma reportagem, a professora Adriana Kampff, menciona o sentimento de empatia, de conseguir entender e respeitar a realidade de cada um, além de aprender a ser mais flexível, organizar novas metodologias de ensino e aprendizagem e a colaboração entre alunos, professores e escola.
O outro lado da moeda para o Colégio em 2020?
Bem, até aqui, falamos sobre as novas experiências que famílias e alunos vêm tendo neste período, mas e a escola?
Falando sobre o outro lado da moeda, os últimos meses trouxeram diversos aprendizados e novas experiências para a equipe do Colégio Básico. Como educadores, professores, mantenedores e colaboradores de escola, nós podemos afirmar com convicção que também temos aprendido muito com as situações atuais. Para muitos de nós, recursos tecnológicos sempre foi um “bicho de sete cabeças”, e finalmente, estamos todos em paz com a tecnologia agora. Para alguns, as primeiras semanas não foram nada fáceis, criar salas de aula online, recados virtuais… Mas podemos dizer que vencemos este desafio! Podemos até dizer que todos foram além! Descobertas de novas ferramentas online, criação de documentos e apresentações incríveis!
De um modo geral, vimos que muita gente, saiu da sua zona de conforto. As escolas se uniram e iniciou-se uma troca de ideias e informações bastante humana.
Conseguimos mostrar para as famílias e alunos que o computador e celular podem ser usados para fins educacionais e pedagógicos!
Comprovamos que estamos em constante aprendizado (não linear!), e os conhecimentos estão todos a nossa volta, só cabe nos apropriarmos do que já é nosso!
OBS.: Ainda assim, gostamos mais das aulas presenciais! <3